segunda-feira, 30 de março de 2009

No trânsito com o Celsinho

Outro dia peguei o Celso para vir passar o fim de semana aqui em casa. Era sexta-feira e caia a cidade de São Paulo, como sempre.
Passei lá e tinha certeza que seria uma experiência inédita pegar um trânsito com o menino.
Quando cheguei, ele já estava pronto, em pé, com a mala na mão.
Ele entrou no carro e respirava forte, com a "paura" típica do menino. Talvez andar comigo ainda causasse um estranhamento, porque eu sou a sobrinha mais nova, a criança da família.
Perguntei se ele queria ouvir música e ele repetiu umas 15 vezes: "Eu gosto de música Flavinha". Questionei quais os tipos de música e ele respondeu o óbvio: "Todas, eu gosto de música Flavinha".
Quando começou a tocar uma regravação do José Augusto ele cantou, depois completou: "Ele é bonito, não é Flavinha". Falei que achava ele meio narigudo e velho, ele concordou.
Horas e horas de conversa sobre a ida ao médico, a taturana gigante, a Bíblia, etc. Mas o melhor era que, quando eu "xingava" alguém no trânsito, dizendo: "Isso, seta pra quê?", "Que pressa", "Maluco", entre outros básicos do nosso dia-a-dia, ele olhava bem na minha cara e dizia: "O que Flavinha, o que você falou?". Aí eu dava risada e passava a raiva.
Conclusão: eu ia ser bemm mais feliz com o Celsinho de co-piloto. Deve ser muito bom ser ele. O trânsito não irrita, o barulho, a chuva... Nada... E a nós tudo irrita.

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